domingo, 23 de setembro de 2007

fronteiras

a atitude do individuo que se deprime conduz quase por si só à retirada do real e da expectativa de futuro, para focar a líbido excessivamente no reinvestimento do passado. (terá isto alguma coisa a ver com o facto de eu estudar história?)
no depressivo o objecto perdido capta a maior parte da líbido do self, que assim fica derivada num circuito interno.
(a tua ausencia priva-me de futuro. o meu futuro está no passado... contigo)

agora repito as palavras como um aprendiz, como quem tenta fixar: 'restauração da qualidade do self'.
falam bem, os sacanas; que é que isto significará...

desidealização objectal e valorização narcisica

faz-me pensar que o auto-criticismo que eu me imponho por norma, tem consequencias insuspeitas. (um amigo meu está sempre a repetir 'eu sou uma besta')
será bom principio não colocar as exigencias nas nuvens?
é que a minha idealização não diz respeito a um objecto. diz respeito a mim próprio e ao mundo que me rodeia. o meu objecto expandiu-se de forma que me conquistou e integrou em si.
antes de reavaliar, pessoas ou relações, antes de me envolver em qualquer outro problema adcional, o que eu preciso é de fronteiras.

4 comentários:

MafaldaContestataria disse...

Fronteiras…
(muito bom… andas a escrever bem, pá!)

Se achas que é disso que precisas… força! Vai em frente! Cria(-as) e enfrenta(-te) (n)as consequências!
Não desistas.

Estou contigo.

Beijinhos**

Unknown disse...

Tens que voltar a ver o Sherek ... e com mais atenção...

beijinhos

Maria

Bruna disse...

agradeço o coment e deixa-me dizer te que gosto bastante da tua escrita!
porém não posso deixar de perguntar quem és, visto que me identificas como a "miudinha de franja negra" e eu não estou a ver quem és....
peço desde já se és alguém conheçido e que eu não me esteja a recordar agora...
bjos

Bruna disse...

correcção: "peço desde já desculpa!
:P